• É meu irmão (as vezes me chamam de negro) 
• É tanto que peço a Deus
• Eu fui na mata pegar
• Eu pisei na folha seca
• Eu pisei na pedra, a pedra do mar rolou
• Eu pisei na pedra, a pedra gemeu 

As vezes me chamam de negro

Pensando que vão me humilhar

Mas o que eles não sabem é que só me fazem lembrar

Que eu venho daquela raça, que lutou pra se libertar

Que eu venho daquela raça, que lutou pra se libertar

Que criou o Maculêlê

E acredita no candomblé

E que tem um sorriso no rosto

A ginga no corpo

E o samba no pé

E que tem um sorriso no rosto

A ginga no corpo

E o samba no pé

Que fez surgir de uma dança

Luta que pode matar

Capoeira arma poderosa

Luta de libertação

Brancos e negros na roda, se abraçam como irmãos

Perguntei ao camará, o que é meu?

É meu irmão

Ô, meu irmão do coração

É meu irmão

O camarada, o que é meu?

É meu irmão

Ô, meu irmão do coração

É meu irmão

O camarada, o que é meu?

É meu irmão

Ô, meu irmão do coração

É meu irmão

É tanto que peço a Deus

É tanto que Deus me dá

É tão pouco que eu mereço

Mas nada me faltará

Eu fui na mata pegar

Madeira pro meu gunga fazer

Deixei quinze dias secar

Pra depois preparar

Berimbau pra você

Eu pisei na folha seca

Ouvi fazer chuê chuá

Chuê, chuê, chuê chuá

Ouvi fazer chuê chuá

Chuê, chuê, chuê chuá

Ouvi fazer chuê chuá

Eu pisei na pedra, a pedra do mar rolou

Eu pisei na pedra, a pedra do mar rolou

Meu mundo estava torto, Santo Antônio endireitou

Meu mundo estava torto, Santo Antônio endireitou

Ajuda eu, Santo Antônio, ajuda eu

Ajuda eu, Santo Antônio, ajuda eu

Eu pisei na pedra

A pedra gemeu

A agua tem veneno morena

Quem bebeu morreu

Eu pisei na pedra

A pedra gemeu

A agua tem veneno morena

Quem bebeu morreu

Quero bem, quero bem

Quero bem mais nao posso te amar

Quero bem, quero bem

Quero bem mais nao posso te amar